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domingo, 8 de julho de 2012

TABAGISMO PASSIVO






   Para cada doença citada abaixo, os riscos são 10% a 150% maiores entre os tabagistas passivos que entre os não fumantes, e quanto maior a exposição à fumaça do tabaco, pior. Não importa se é cachimbo, cigarro ou charuto.  As informações abaixo não são meras possibilidades, mas sim fatos comprovados com o melhor da ciência moderna.
Os riscos do tabagismo passivo começam antes da pessoa nascer. Não apenas as grávidas fumantes têm mais complicações nas suas gravidezes, mas também o tabagismo passivo da grávida aumenta o risco de malformações congênitas, ou seja, do bebê nascer com defeito, além de aumentar o risco de baixo peso ao nascer, o que por sua vez aumenta muito o risco de outras complicações para o recém-nascido. Além disso, o tabagismo passivo da gestante aumenta a chance da criança vir a desenvolver asma, e mesmo entre as crianças sem asma a função pulmonar é menor caso a mãe tenha sido exposta ao tabaco.
O risco de asma, entretanto, não se restringe ao tabagismo passivo durante a gravidez.
Crianças e adolescentes expostos à fumaça do cigarro em casa têm mais risco de desenvolver asma, e caso tenham asma, têm crises mais frequentes que as crianças e adolescentes que não são fumantes passivos.
Para ficar ainda na parte respiratória, bebês fumantes passivos têm mais risco de, literalmente, morrer de repente. Em termos técnicos, o tabagismo passivo é uma das principais causas de morte súbita do lactente.
A exposição à fumaça do tabaco também aumenta o risco de uma criança menor de 4 anos de idade ter uma pneumonia bacteriana ou viral, ou de ter otite média (aguda ou crônica), que é uma infecção dentro do ouvido.
O aparelho respiratório dos adultos também sofre, e muito, com o tabagismo passivo. Adultos expostos à poluição do tabaco têm maiores chances de desenvolverem asma, ou de ter pneumonia grave. Além disso, o tabagismo passivo está associado ao desenvolvimento de tuberculose, câncer de pulmão, e o  que chamamos tecnicamente de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que são as duas doenças,   enfisema pulmonar e bronquite crônica.
A poluição do ambiente pela fumaça do tabaco também aumenta as chances de um adulto ter doença cardíaca coronariana, que envolve desde a angina até o infarto agudo do miocárdio. Detalhe que a doença cardíaca coronariana é a segunda maior causa mortis no Brasil; a primeira é o derrame cerebral (acidente vascular cerebral, ( AVC  ), que também é mais frequente entre os tabagistas passivos que entre os não fumantes.
A fumaça que vem da queima do tabaco ( pela combustão ) é um dos principais componentes da poluição do ar, especialmente em ambientes fechados. E quando dito fechado, isso não significa apenas janelas fechadas ou sem ventilador. Até mesmo um simples toldo atrapalha a dispersão da fumaça (por isso, áreas de churrasqueira têm chaminé), e a velocidade do vento necessária para retirar toda a poluição de um ambiente fechado seria semelhante à de um furacão, e não à de um ventilador.
A exposição à fumaça do tabaco, ou seja, o tabagismo passivo, afeta não apenas o próprio fumante, mas também seus parentes e seus colegas de trabalho. Além disso, permitir aos clientes que fumem em aviões, bares, hoteis e outros estabelecimentos expõe os funcionários à poluição ambiental do tabaco.
De um ano para cá a realidade sobre tabagismo passivo melhorou muito.
A lei federal nº 9294 já proibia o fumo em ambientes fechados coletivos, mas pela falta de detalhamento era inviável fiscalizar os ambientes. Já vários estados brasileiros adotaram leis contra o tabagismo passivo, definindo melhor as medidas que os ambientes devem adotar para evitar que os não fumantes sejam expostos à fumaça do tabaco,  aplicando multas para os donos de estabelecimentos que permitam o fumo em área indevida.
Estudos internacionais comprovam que esse tipo de legislação é capaz de diminuir as chances de um não fumante adoecer, e no Brasil, os resultados também são positivos.

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