Cardo mariano - Carduus marinus
O cardo mariano é originário da área mediterrâneo (Sul da Europa, Norte da África), sendo introduzido mais tarde na América do Norte, América do Sul e em vários outros locais.
A planta é comestível e os frutos são de uso medicinal.
O cardo possui receptáculo floral comestível, e por ser hepatoprotetor sua cultura se disseminou pelo mundo a fora
desentoxicante e antioxidante
A silimarina é o nome genérico de um grupo de compostos naturais (silibina, silidianina e silicristina) extraída do fruto da planta medicinal Carduus marianus, reconhecida por sua atividade anti-hepatotóxica. A silimarina protege contra as mais severas necroses hepáticas, tais como as provocadas pelo tetracloreto de carbono e contra lesões tóxicas do fígado ocasionadas pelas toxinas de cogumelos venenosos. As substâncias ativas do Carduus marianus podem ser usadas curativamente depois da ingestão de produtos tóxicos. Uma vez que alguns venenos levam algumas horas a serem absorvidos e a chegar ao fígado, a silimarina pode atrasar a sua assimilação, permitindo ao organismo eliminar as toxinas. Contudo, o efeito curativo é mais fraco que o efeito preventivo. Outro efeito terapêutico é devido à silibina, esta estimula várias funções das células hepáticas, tais como a proliferação celular, a síntese proteica, a assimilação do oxigênio, a formação de energia, a reparação das membranas celulares danificadas, etc.
A silimarina tem uma forte ação antioxidante, protegendo as células hepáticas contra a peroxidação lipídica da membrana celular e das organelas dos hepatócitos, resguardando, desta forma, sua integridade e, assim, a função fisiológica do fígado de eventuais substâncias tóxicas, tanto de origem endógenas como exógenas.
Age aumentando a síntese de RNA mensageiro, o que acelera a síntese protéica.
É utilizada no tratamento de hepatopatias crônicas, cirrose hepática, esteatose e lesão hepatotóxicas, produzindo rápida melhora dos sintomas clínicos (cefaléia, astenia, anorexia, distúrbios digestivos, sensação de peso epigástrico, etc.).
A silimarina também estimula a atividade da superoxidodismutase (SOD) e aumenta os níveis de glutation peroxidase (GSH), os dois principais sistemas enzimáticos envolvidos na neutralização dos perigosos radicais livres do oxigênio. A silimarina tem ainda ação antiinflamatória e antialérgica.
De vários estudos realizados por intoxicação com álcool chegaram a conclusão que 440 mg/dia de silimarina em 4 semanas de tratamento foi capaz de reduzir os níveis enzimáticos alterados pelo uso do álcool.
No alcoolismo crônico o etanol é convertido a acetaldeído pelo álcool desidrogenase e uma parte por uma via metabólica acessória que usa o sistema oxidativo microssomal.
Neste caso a peroxidação lipídica induzida pelos radicais livres parece ser o mecanismo principal para os danos nos hepatócitos, sobretudo quando a concentração de glutation é baixa.
Em casos de cirrose micromodular e fibromatose hepática por abuso de álcool, a mesma dose de silimarina, mas com a administração durante 6 meses.
Com o tratamento de silimarina pode-se detectar que em todos os casos de cirrose há diminuição das enzimas asparto-amino-transferase, alanina-amino-transferase, GOT, GPT, -GT, bilirrubina e por outro lado aumento dos níveis de SOD e glutation peroxidase.
A silimarina também foi capaz de reduzir o dano hepático provocado por psicofármacos que são metabolizados por peroxidação lipídica como as butirofenonas e fenotiazinas.
A exposição a solventes orgânicos como tolueno e xileno tem seu efeito tóxico reduzido com o uso da silimarina, com doses de 420 mg/diários por 30 dias.
Sendo indicado nos casos de:
Hepatite viral, hepatopatias crônicas de diferente etiologia (tóxicas, metabólicas, infecciosas, alcoólicas) cirrose e esteatose. ( regeneração hepática ).
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